terça-feira, 5 de julho de 2011

Insignificâncias e magnificências


Sabe quando tudo a sua volta perde o sentido? Parece ser simplesmente sem significados... Insignificantes! Perdem a essência. Não nos é mais atrativo. Mas apenas uma única coisa nos parece sublime. Tão “celestial” que pensamos ser mentira. Como acordar? Eu devo estar sonhando! Ou não, deixe-me dormir... Quando adormeço, tudo se transforma. Tudo se torna possível. O que nos parecia inalcançável se torna ao nosso alcance. Tão próximo que faz um bem que chega a ser um mal. Ah, é um mar de contradições! Desejos opostos e iguais ao mesmo tempo. Vontades insaciáveis. Isso só pode ser magnífico. Algo tão fabuloso que chega a mexer com a mente até de uma pessoa que se denominava bem resolvida. Que jurava não ter mais dúvidas a respeito de nada. Mas eis que lhe é jogado um balde de água fria na face e morde tanto a língua que esta não parece mais existir. Esse patamar magnífico e confuso é o que torna tudo que antes tinha significado parecer sem sentido, sem forma, sem vida. 

Belma Andrade

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