sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


E conversar comigo seria como abrir o diário de um exagerado...
Meu sorriso não é pouco, no canto da boca, um meio sorriso. 
Minha lágrima não estanca, não vem pouca, mas derrama...
...e me encharca o rosto. 
Não sou mais um “eu”, apenas. 
Sou todos que eu posso e também que não posso ser. 
Sou tudo, menos pouco. Menos metade. 
Não adianta, eu choro lendo romances. 
Choro assistindo romances, choro vivendo romances. Choro. 
Rio muito, mas muito mesmo e por tudo. 
Não sei mais viver e me entregar às bagatelas;
me policiando, periodizando... 
Sou completa, me doo, me entrego em demasiado, pra viver tudo. 
Se não der certo, lá venho eu chorando de novo.
Derramando oceanos. Mas me entrego de novo e de novo e de novo. 
Tudo em muito, com muito drama, muito tudo. 
Tudo ou nada. 
E do nada ainda faço um tudo só pra não ficar com pouco, 
pra não falar pouco, pra não me derramar pouco.

Belma Andrade  

domingo, 6 de janeiro de 2013


Esperando-te entrar pela porta sorrindo esse riso livre pra mim de novo. Esperando chegar do teu ladinho e te sentir tão perto que posso até jurar que nos tornamos num só. Não, não larga minha mão. Não desiste de mim, de tudo, da gente. Não vai embora ainda. Preciso caminhar junto contigo e sentir que nada mais ao meu redor importa. Esse laço de amarras firmes não pode desmanchar; não podemos ceder. Temos força e somos a força. Espera-me pra vivermos todo aquele futuro por nós traçado. Um dia, eu sei, não precisarás mais ir embora. E assim sei também que nos teremos sempre. Querermo-nos sempre. Amaremo-nos sempre!

Belma Andrade 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Amor...
Essa cousa tão louca
Que me tira o sono
E que de tão grande
Causa-me espanto.
Um coração bom,
Uma alma aberta,
É só o que basta
Para o amor entrar.
Essa cousa louca
Que me deixa rouca de silêncio
De tanto s o n h a r...

Belma Andrade