sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Que arranquemos nossos próprios sorrisos. Que ensaiemos nossa própria dança ritmada pelo nosso coração e seu tilintar... Que nos sobre vontade, carinho, cuidado, sonhos... Que nos falte rancor, amor de pouco, e sobre café e paciência... Que hajam sempre palavras pra expressarmos nosso tamanho gostar; e essas, quando faltarem, que sobrem olhares incrédulos, porém cheios de certeza daquilo que cativamos tão bem... O nosso lado a lado. Que... Eu te tenha e tu me tenhas. Eu me sinta em ti e tu em mim. Que isso baste para perdurar o brilho dos nossos olhos e frio na barriga a cada reencontro. Aquele cuidar, cativar... Amar. Sabes? Que assim seja!

Belma Andrade

domingo, 16 de setembro de 2012



Eu.

          A verossimilhança de minhas palavras que saem em menor quantidade, só me faz enxergar através dessa fumaça sólida aquilo que eu passo, por ser. E o que transmito, por parecer. O querer dar-se demais. O ter-se demais amor para dar. A verdade que estampa a folha, que carimba o manuscrito. A amostra dela, o sentido. Con(fuso), comp(lexo), subjetivo, primeira pessoa do singu(lar).

Belma Andrade

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Tu me lês
Então me tens em teus olhos.
E como nada passa pelos olhos
Sem passar pelo coração...
Logo, me tens em teu coração,
Olhos, mente, em tu.
Se tu me tens em tu...
Tenho-te também.

Belma Andrade