sábado, 8 de março de 2014

Sopro poético


Hoje um soprar diferente
Pediu “licença”
E eu deixei entrar.
Não que as portas se fechassem
Algum dia,
Mas é que até o vento,
Às vezes,
Anda meio cheio de tudo
E de um nada inconstante.
Senti um sopro na mente
Quando me lembrei de minhas
Aspirações.
E as inspirações
Sopraram no meu coração
Aquela vontade de farfalhar
Todas as páginas
Dos meus antigos cadernos,
E sentir o toque também,
Das palavras em meus dedos.
Posso dizer, então,
Que senti um “sopro poético” hoje,
Pois me fez fechar os olhos,
Sentir minhas pulsões,
E ouvir turbilhões
De pensamentos e vontades
Cumprimentando-se cá dentro,
E querendo sair,
Vir à tona ao mundo,
Me enchendo de vaidade

Soprando amor de verdade...


Belma Andrade