terça-feira, 17 de setembro de 2013

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Quer saber?
Se era pra sentir
De forma tão dilacerante
A tua falta,
Preferia não sentir,
Nem nunca ter sentido
A tua presença.
Tudo pesa demais
Quando tu te vais.
É doloroso, faz frio,
Inebria a garganta
E fere.
Fere uma ferida
Sangrenta, escarlate.
As borboletas
De meu estomago,
São grandes mariposas.
E possuem garras.
Afiadas.
Quando chegam, sopram
Com suas asas,
E reviram tudo por dentro.
Mas com o tempo,
Ah... com o tempo!
Elas afiam suas garras
E tua falta cá dentro
Dói. Pesa.

Faz tanto frio...
Volta!



Belma Andrade 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vai



E se for preciso, vai.
Mas só se for preciso.
Se puderes, fica.
Mas só se puderes.
Me parte o peito
Te ver partir assim.
Mas entendo teu jeito
E se precisar, mudo o meu
Só pra te ver voltar.
Quero colo, o teu.
Nessa tua ausência me perco
E de mim eu não sei...
Parte! Mas vai de vez!
Não fica de pouco,
Nem machuca aos poucos,
Só vai.
Deixa ficar o que é bom,
Me deixa ao menos
Ficar com a saudade
De tudo o que é nosso
Que era nosso
Que já foi nosso...
E que não é mais.
Que se perdeu.
Onde eu já não sou eu.
E o que tem de meu aqui...
Se perdeu!

Belma Andrade