quinta-feira, 10 de abril de 2014

finito.



E todos os numerais
Escalados ao infinito,
Voltam ao zero.
As cores, os amores,
Apagam-se.
Tudo se confunde
E se funde
Ao que eu
Não consigo mais
Tornar palpável.
Antes condensado,
Mas foi errado
Criar a “dependência”.
Por Deus,
E agora?!
Não adianta pensar
Sequer em clemência...
Tudo se vai
E isso então sai
Aqui da minha mente...
A quem, afinal,
Eu quero enganar?
Se não dá, não dá.
Por que relutar?
Chore, lave a alma.
Esvazie tudo.
Volte ao zero.
Para quem sabe, então,
Tudo se preencher

De novo...