terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu quero...

Quero poder
Decifrar códigos e signos
Que vão além
Da percepção usual
Que se tem
Sobre o mundo.
Quero ler sorrisos
E interpretar olhares.
Quero enxergar a alma
E sentir palavras
Que transbordam
Pelos poros
De quem pouco fala...
Quero ser uma pessoa
Que transpira sensibilidade
Por meio de simples
Gestos, toques e olhares...
Quero ser alguém diferente
Entre tantos iguais,
Que se dizem normais
Por assim como todos
Não terem essência...
Quero me destacar
Não com falsa beleza
Que o tempo apaga,
Mas sim, aquela
Que nem a morte leva...
Porque vem de dentro,
É algo que se sente
E não que apenas vê...
É, acho que foi isso
Que eu pedi ao nascer,
Porque tudo isso
É o que venho sendo...
Quero poder então,
Continuar a ser
Do modo que me faz
Ser tudo o que sou
E não perder jamais
A hipersensibilidade
Que essas noites
De céu estrelado
Transmitem-me...

Belma Andrade

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