domingo, 2 de outubro de 2011

Às vezes

Às vezes eu quero ser
O sol da manhã...
Aquele mesmo
Que traz consigo
Além de claridade
E brilho,
Uma ótima sensação
De que haverá sempre
Um novo amanhecer...
Às vezes eu quero ser
O soprar do vento...
Aquele mesmo
Que passa sem ser visto,
Mas que é tocado,
Que é sentido...
Às vezes eu quero ser
Uma bela e leve ave...
Aquela mesmo
Podendo voar sobre
A vida de diversas pessoas
E passar sem deixar pegadas,
Deixando apenas o vento
Com o bater de minhas asas...
Às vezes eu quero ser
A brisa do mar...
Aquela mesmo
Que leva por onde passa
Energias positivas
E sensações
De limpeza de alma...
Às vezes eu quero ser
O toque do frio...
Aquele mesmo
Que faz arrepiar
E causa nas pessoas
Uma vontade de compartilhar
Sempre mais calor humano...
Às vezes eu quero ser
Um céu estrelado...
Aquele mesmo
Que abraça a noite
E tem sempre a lua
Como a mais bela companhia
Ao seu lado...
Às vezes eu quero ser
Apenas gotas de chuva...
Aquelas mesmo
Que se misturam
Com as lágrimas dos outros
E ajuda até
Com uma limpeza necessária
De corpo e alma...
Às vezes eu quero ser...
...bem...
Apenas eu mesma...
Aquela mesmo
Que pode ser tudo
Aquilo que deseja ser
Pelo simples fato
De nunca se permitir
O vazio do nada...
Às vezes é isso
Às vezes é aquilo
E será sempre algo,
Sempre preenchida...

Belma Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário