quinta-feira, 2 de agosto de 2012




A fumaça densa
Subindo da minha xícara,
E passando
Por entre meus olhos
Assemelhando-se
Às nuvens ralas
Desfilando em frente
Da pudica sem pudor
Mais brilhosa
E em polvorosa
De tantas as noites...
As lentes
Dos meus óculos
Ofuscam-se.
E mais uma vez
Comparo o luar
Que está hoje desfocado,
Um pouco arado,
Mas trazendo um calor
Similar a esse golado
Agora até à borra
Do meu último grão
Da estrela ao lado
De um pedaço de chão
Do luar torrado...

Belma Andrade

2 comentários:

  1. Uau! Que lindo. Pegou o poema num momento de quase abstração. Vou seguir.
    Uma linda semana pra ti!
    Um abraço.

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    1. São em momentos assim que melhor escrevo... Rs
      Seguirei de volta, abraços

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