terça-feira, 7 de agosto de 2012


É... Não tem jeito.
Não paro na primeira esquina.
Não desisto desse correr dilacerante.
Se soubesse do gosto que vem
Se amargo ou meloso,
Só seria manhoso todo saber...
Não desisto. Não me tentes.
Suspiro com a noite
Que vira do avesso e traz
O raiar mais saboroso
De uma nova prosa, novo verso,
Conto novo de ser contado.
Se não me der chances,
Quem mais dar-me-á?
E se oferecerem, nego.
Traço esse trato torto.
Uno o bater acelerado de outrem
Junto ao meu por ser teimoso.
Sou crente, sou cética, sou eu.
Sou querer, mesmo sem querer.
E ainda tombando e me rebelando,
Não freio uma corrida,
Não estaciono e me direciono...
Deixo apenas ir, apenas correr...
Não de modo avulso, deixado...
Mas de modo meu, levado. 

Belma Andrade 

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