A fumaça densa
Subindo da minha xícara,
E passando
Por entre meus olhos
Assemelhando-se
Às nuvens ralas
Desfilando em frente
Da pudica sem pudor
Mais brilhosa
E em polvorosa
De tantas as noites...
As lentes
Dos meus óculos
Ofuscam-se.
E mais uma vez
Comparo o luar
Que está hoje desfocado,
Um pouco arado,
Mas trazendo um calor
Similar a esse golado
Agora até à borra
Do meu último grão
Da estrela ao lado
De um pedaço de chão
Do
luar torrado...
Belma Andrade
Uau! Que lindo. Pegou o poema num momento de quase abstração. Vou seguir.
ResponderExcluirUma linda semana pra ti!
Um abraço.
São em momentos assim que melhor escrevo... Rs
ExcluirSeguirei de volta, abraços