quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O PESO DOS ERROS

As mãos já calejam de tantos murros em pontas de facas com laminas tão pontiagudas! 
Os nós dos dedos já pesam demais e esmorecem todas as vezes 
que vão a desencontro da razão. 

Ora, quebras a cara e não levantas melhor, mas pior. 
O que acontece contigo, pequena? 
Se desamarra dessas amarras. O vento já as afrouxou faz tanto tempo... 

Deves erguer a cabeça e perceber a simples realidade de que viveste até hoje,
sabendo lidar com a vida. Não precisasse que te conduzissem. 
Encontravas sempre os erros sozinha. Apanhavas com os mesmos, mas aprendias e crescias. 

Hoje em dia, entristeces em demais rápido. 

Te perguntas sempre “isso vale realmente a pena?” antes de qualquer atitude 
e lágrima derramada. 
É, mas transformas tuas palavras em realidade pra não esmurrar novamente 
e se machucar nas esquinas pontiagudas de tua vida. 

Teus erros pesam. Em demasia. Mas não se torne escrava deles. 
Deixe que o tempo seja o senhor de tudo e PARE COM ESSA MANIA 
de esperar demais. 

Não espere, só deixe que seja. Não conte com isso, só deixe estar. 
Deixe amar. 
Deixe sonhar. 
Deixe até ir embora...
...mas deixe... 

                                                                Não premedite. 


Belma Andrade

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