segunda-feira, 22 de julho de 2013

espelhos d'alma

Hoje acordei e meus olhos queriam conversar comigo. Não sei ao certo, mas eles me pareceram mais profundos que o normal. É certo que com minhas olheiras, a profundidade em que eles se encontram é corriqueira. Mas não, não eram apenas as olheiras... Me questionei, então, se era a cor dos meus olhos que estava diferente. Sim, porque são de uma metamorfose constante! Quando estão claros, sinto que estou bem, leve, tranquila, mas quando mais escuros... É isso! Uma neblina sobre eles, talvez. Algo se condensou. E tentei então, diante do espelho pedir para que ficassem calmos. Que o reflexo estava entregando eles demais. Que deveriam manter mais a calma e não deixar transparecer tanta falta de noites dormidas e até mesmo de oceanos derramados... Deitei novamente. A cabeça fez um turbilhão e eles mais uma vez marejaram! Estes que se mostram tão fortes, porém tão frágeis quando algo bambeia. Por Deus, se acalmem! Mirem apenas belas lembranças e reflitam isso, também. Assim, poderão continuar “tranquilamente” suas descobertas e desvendar seus derredores.


Belma Andrade 

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