sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


E conversar comigo seria como abrir o diário de um exagerado...
Meu sorriso não é pouco, no canto da boca, um meio sorriso. 
Minha lágrima não estanca, não vem pouca, mas derrama...
...e me encharca o rosto. 
Não sou mais um “eu”, apenas. 
Sou todos que eu posso e também que não posso ser. 
Sou tudo, menos pouco. Menos metade. 
Não adianta, eu choro lendo romances. 
Choro assistindo romances, choro vivendo romances. Choro. 
Rio muito, mas muito mesmo e por tudo. 
Não sei mais viver e me entregar às bagatelas;
me policiando, periodizando... 
Sou completa, me doo, me entrego em demasiado, pra viver tudo. 
Se não der certo, lá venho eu chorando de novo.
Derramando oceanos. Mas me entrego de novo e de novo e de novo. 
Tudo em muito, com muito drama, muito tudo. 
Tudo ou nada. 
E do nada ainda faço um tudo só pra não ficar com pouco, 
pra não falar pouco, pra não me derramar pouco.

Belma Andrade  

2 comentários: