E conversar comigo seria
como abrir o diário de um exagerado...
Meu sorriso não é pouco, no canto da boca,
um meio sorriso.
Minha lágrima não estanca, não vem pouca, mas derrama...
...e me
encharca o rosto.
Não sou mais um “eu”, apenas.
Sou todos que eu posso e também
que não posso ser.
Sou tudo, menos pouco. Menos metade.
Não adianta, eu choro
lendo romances.
Choro assistindo romances, choro vivendo romances. Choro.
Rio
muito, mas muito mesmo e por tudo.
Não sei mais viver e me entregar às bagatelas;
me policiando, periodizando...
Sou completa, me doo, me entrego em
demasiado, pra viver tudo.
Se não der certo, lá venho eu chorando de novo.
Derramando oceanos. Mas me entrego de novo e de novo e de novo.
Tudo em muito,
com muito drama, muito tudo.
Tudo ou nada.
E do nada ainda faço um tudo só pra
não ficar com pouco,
pra não falar pouco, pra não me derramar pouco.
Belma Andrade
Uma ótima definição de si!!!
ResponderExcluirMuito bom Bels!
Eita, brigada moça!
Excluir:))