sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Eu não vejo, eu penso.
Ou nem penso, eu sinto.
E quando sinto, me faço;
Fazendo assim o meu eu.
Esse eu tão cheio de fases,
Fases essas de toda minha vida.
Vida, vida que vivo,
Vivendo sem muito saber.
Sei apenas o tal compreender.
Compreendo aquilo que se passa.
Passo, paro, reflito e sigo.
Sigo em frente por saber
Que sei esperar pelo amanhã...
Amanhã que vai ser o hoje,
Hoje que vai ser o ontem,
Ontem que já passou...
Passo então a ver,
Vendo mais quando penso,
Pensando mais quando sinto
E sentindo me fazendo de fases.
Fases de uma vida,
Vida de umas compreensões,
Compreensões de uns dias,
De uns tempos, de umas marcações...
Marco, passo, penso, reflito...
Canso. Mas não paro.
A vida segue, eu também,
Tudo foi e muito ainda vem...
Então, continuo sendo eu,
Esse eu que eu nem sei
Se sei saber o que sou
Sendo apenas agora como estou...


Belma Andrade

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