terça-feira, 17 de setembro de 2013

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Quer saber?
Se era pra sentir
De forma tão dilacerante
A tua falta,
Preferia não sentir,
Nem nunca ter sentido
A tua presença.
Tudo pesa demais
Quando tu te vais.
É doloroso, faz frio,
Inebria a garganta
E fere.
Fere uma ferida
Sangrenta, escarlate.
As borboletas
De meu estomago,
São grandes mariposas.
E possuem garras.
Afiadas.
Quando chegam, sopram
Com suas asas,
E reviram tudo por dentro.
Mas com o tempo,
Ah... com o tempo!
Elas afiam suas garras
E tua falta cá dentro
Dói. Pesa.

Faz tanto frio...
Volta!



Belma Andrade 

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