segunda-feira, 18 de junho de 2012


Uma proteção Lunar



A voz desnorteada
Cortando o silencio
Daquele luar...
As nuvens que antes
Parecia-me algodão,
Mostraram-se
Como cobertores
No desejo saudoso
De proteger
Tamanho brilho...
Penso eu cá dentro
Sobre tal ciúme
Ou mesmo cuidado
Das nuvens com Ela...
Ela que a voz vem
Sussurrando-me,
Pedindo-me
Para saudá-la
E perceber
Que seu silencio,
É na verdade
Um grito no escuro
Da nomeada Lua
Para matar a saudade
Mesmo que de leve
De corpos divididos
Que apenas desejam
Fazer como as nuvens
E a Lua:
Completar-se!

Belma Andrade

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